Capitulo 2 - A "Expo Noivas 2009"

Sábado aconteceu a “Expo noivas 2009”. Aqui um (até)breve relato de como foi:

Fomos eu, minha mãe e minha sogra. Não, não foi o suplicio que eu imaginei. Foi só parte dele. Mãe e sogra quando se unem... Só por Deus.

Encontrei uma amiga minha quando chegávamos á feira. Conversamos um pouco antes de entrar, trocamos alguns contatos de fornecedores e eu voltei para junto das minhas acompanhantes. Tinha muita gente na feira. Muitas noivas deslumbradas carregando seus noivos conformados em se deixar carregar. Muitas adolescentes um tanto histéricas, um tanto fascinadas com as ofertas para suas festas de debutantes, acompanhadas por suas mães exaustas e suas amigas igualmente histéricas. E eu.

Eu que no inicio estava muito confiante e cheia de expectativas, mas que não estava nem histérica e nem tinha um noivo pra carregar (a minha amiga tinha). Comecei a sentir que algo estava errado. Logo que entramos tudo pareceu muito caótico. Recebemos um guia de fornecedores da feira e... NADA DE MAPINHA!Caótico demais até para uma pessoa caótica como eu. Uma olhadela ao redor e descobri que não havia lógica na organização da feira. Mas eu tinha levado uma lista de itens que precisava procurar: Alianças, Bolo de aluguel, bartenders, convites, docinhos, dia da noiva, lembrancinhas e viagens. Simples até.

Respiramos fundo e começamos nossa saga para encontrar os estandes correspondentes. Em pouco menos de duas horas encontrei tudo o que precisava e felizes e satisfeitas voltamos para casa! Fim.

Tudo bem, eu também não consigo acreditar que poderia ter sido assim. Lembra da lista? A primeira coisa que minha mãe fez foi perdê-la. Eu sabia décor, mas elas não me ouviam, e pior, foram contagiadas pela aura caótica do local. Parecia uma daquelas salas de dungeon em que um feitiço faz com que você veja aquilo que mais deseja. E parecia que só eu tinha will para passar em todos os testes. Ou quase todos, porque quando você é parte importante do desejo, não tem mesmo como fugir. Explico:
Mesmo sabendo que eu já fechei o meu vestido de noiva, elas me fizeram vestir um “pra eu entrar no clima”! E tudo o que eu conseguia pensar era: “Por favor, Lari (minha amiga), Não passe por aqui agora”. E a moça que me atendeu me deu uma dica de como seria o resto da feira:
Moça - Você se casaria com este vestido?
Kakal - *Não, já tenho um!* É muito bonito, Quanto custa?
M – Qual o seu orçamento para um vestido?
K – Não sei quanto custa esse?*Responde logo, eu não vou ficar com ele de qualquer jeito*.
M – Não posso dar valor se você não ficar com ele.
K – Não posso ficar com ele se não souber o valor. *Eu só quero tirar isso e ir embora minha senhora, ajuda né?!*
M – 2.550 o aluguel. (preço que ela deu muito a contra gosto!).
K – Certo. Pode me ajudar a tirar agora!* HAHAHAHAHA até parece!*
M – Preencha o cadastro, por favor! (que ela disso no tom de “Preenche isso que Eu to mandando!”).
K – Claro. *passo e-mail que eu não uso* Obrigada, moça. Eu vou dar uma volta na feira e depois passo aqui pra vermos melhor o vestido. *passo bem longe!*

Não, vai, sejamos justos. O modelo era muito bonito realmente - sequinho, sem brilho, uma bela flor de tecido. Pelo menos eu não fiquei parecendo uma elefoa branca fantasiada de estrela cadente para uma platéia gigantesca. ( pode até ser que nas outras o modelo “bolo de noiva” coberto de perolas/strass/qualquer coisa que brilhe fique bonito, mas não em mim)

Passado o mico, continuamos andando... resumindo o que acontecia era mais ou menos assim:
1 - Eu ia direto ao que me interessava. 2Se o estande estava vazio eu: A - pedia informações e apareciam de algum lugar bizarro, minha mãe e minha sogra com olhos brilhantes (me-do) e me puxavam na direção oposta tão logo o (a) vendedor (a) abria a boca para me explicar. B-logo que eu pisava no estande uma multidão desenfreada entrava comigo me forçando a sair imediatamente em busca de ar.

Depois de 3 horas e meia nesse bololô saímos de lá. O que eu consegui?
Uma bela dor nos pés, uma centena de folhetos, uma sacola para carregar uma centena de folhetos, alguns bons contatos (pelo menos na hora me pareceram bons, vamos ver.),
Uma mãe e uma sogra felizes, um provolone embebido no vinho que eu nem comi ainda. E a sensação de missão falida.

Mas tudo bem, vai ter outra feira em São Bernardo... E dessa vez eu não vou ter mãe e sogra, Alguém se habilita?